Dar à luz com ou sem analgésicos? Cinco conselhos para enfrentar e gerir as dores de parto
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Para muitas mulheres, a dor de parto não é uma dor comparável às outras, mas sim muito mais intensa!
Durante o trabalho de parto, a dor tem duas funções específicas: avisar que o bebé está a caminho e levar a mãe a procurar um local seguro para dar à luz. Em algumas situações, no entanto, tornam-se tão insuportáveis que deverá ser ponderada a administração de analgésicos.
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Dores de parto: são suportáveis? O que pensam as mulheres que já as sentiram?
Com muito poucas exceções, o parto é uma experiência muito dolorosa. E não há dúvida quanto a isso. No entanto, a dor de parto natural e, sobretudo, das contrações, também tem uma função importante: avisar a mulher que tem de encontrar um lugar seguro e pedir ajuda porque o bebé está a caminho. Felizmente, o corpo começa a produzir analgésicos naturais à medida que a dor surge. Este efeito também pode ser observado nos atletas, que, já cansados, produzem as endorfinas necessárias para aliviar parte da dor.
Além do aspeto “mais desafiador”, muitas mulheres continuam a acreditar que dar à luz é uma boa experiência.
O parto é um evento que pode apresentar muitas variáveis: em alguns casos, o bebé leva mais tempo a nascer, noutros acontece mais facilmente; há as mães que dão à luz em casa e as que estão no hospital; há partos planeados e outros não o são. Também por causa dessas diferenças específicas, cada mulher vive a experiência do parto de uma forma completamente única e pessoal. Há estudos que apontam que cerca de metade das mulheres consideram a dor do parto perfeitamente suportável, aliviadas pelo facto de irem segurar o seu bebé nos braços logo de seguida. Já a outra metade vive o momento com dificuldade, apesar da perspetiva animadora. Numerosas mulheres também relatam dores na vagina durante a gravidez que podem ser classificadas como verdadeiras dores pré-parto.
Algumas mulheres são da opinião que as dores de parto são insuportáveis, especialmente no primeiro parto, quando ainda não sabem o que as espera. A dilatação é considerada particularmente dolorosa e o parto costuma durar mais do que os seguintes. As mulheres que dão à luz o segundo ou terceiro filho muitas vezes têm a ideia de que a fase dolorosa não é a da dilatação, mas a da expulsão, a fase de fazer força. Pode acontecer que os partos seguintes sejam muito mais rápidos e intensos que os primeiros, o que pode originar mais dor.
Cinco conselhos úteis para relaxar e aliviar as dores durante o parto
Para lidar melhor com a dor, recomenda-se que a mulher relaxe o mais possível durante o parto. Como? Estes cinco conselhos podem ser uma grande ajuda.
- Em primeiro lugar, uma boa preparação é importante. Saber mais ou menos o que vai acontecer ajuda a ter o controlo da situação e a ganhar confiança. Aceitar que o parto é doloroso, é o próximo passo. O medo excessivo pode aumentar a preocupação, o que terá consequências negativas durante o parto.
- A respiração pode ser muito útil para o relaxamento. Quanto menos tensos os músculos estiverem, menos dor será sentida. E isto sabe-se que funciona! Uma aula de respiração pode não parecer estar muito na moda, mas certamente ajudará a futura mãe.
- Ler, ver TV ou ouvir música são entretenimentos que contribuem para distrair.
- É necessário preparar um ambiente confortável, um ambiente familiar acolhedor e seguro. Ouvir música, acender velas perfumadas e permanecer quente, podem fazer maravilhas.
- Por último, mas não menos importante: nunca deve faltar amor e pessoas queridas à volta. Uma regra de ouro, válida mesmo fora da gravidez, claro!
Assim que as dores pré-parto aparecem, é importante que a mamã se tente manter em movimento, o que ajuda a preparar o parto, assim como a gravidade também pode contribuir. Cada contração deve ser vista de uma forma positiva, como um passo para estar mais perto de conhecer o bebé.
As mulheres em trabalho de parto procuram principalmente segurança e proteção. Muitas vezes, se a mãe precisar de ir inesperadamente ao hospital, o parto é interrompido temporariamente de forma espontânea. As contrações recomeçam sozinhas quando a mãe está calma e encontrou um lugar confortável.
Se quiseres usar analgésicos, é importante saber como funcionam
Todos os obstetras discutem com as pacientes a possibilidade de tomar analgésicos e qual é a vontade de cada uma, sabendo que um parto indolor é, infelizmente, impossível. Se a futura mãe assim o desejar, pode solicitar a administração destes medicamentos. Deve-se ter em mente, no entanto, que não representam uma solução para tudo. Como qualquer medicamento, pode ter possíveis efeitos secundários para a mãe e para a criança, mesmo que sejam administrados apenas no hospital, onde ambos são constantemente monitorizados quanto aos valores da frequência cardíaca, tensão arterial e respiração.
É melhor pensares cuidadosamente e decidires com tempo
É uma escolha totalmente pessoal. Não é possível prever com total certeza o que vai acontecer e cada mulher tem que decidir por si mesma o que quer. Quem indique claramente e com antecedência que deseja tomar analgésicos, tem direito aos mesmos. Tal como pode mudar de opinião e no último instante decidir não os usar.
Dar à luz naturalmente sem tomar medicamentos
O parto em casa implica a ausência de fármacos, apesar de ser sempre possível decidir, se as dores de parto natural se tornarem insuportáveis, ir ao hospital e solicitar a administração de analgésicos. Saber que isso é possível, já dá uma grande confiança à mulher para ela continuar.
Mesmo nos partos hospitalares, algumas mulheres expressam o desejo de dar à luz sem o recurso a analgésicos, no entanto, pode acontecer que a fase de dilatação se prolongue e, se a dor atrapalhar o parto, poderá tornar-se necessário utilizá-los.